estava a folhear a ípsilon na passada sexta-feira, quando encontro uma entrevista com hendrik weber, alemão, e mais conhecido por pantha du prince. boa coincidência, uma vez que tenho estado à escuta do mesmo género de sons em geral e dos seus em particular.
já me tinha ocorrido tentar por o 'tag' neste género musical mas não fui muito para além de caracterizá-lo como um tipo de som que deve ser ouvido até ao fim; deve-se resistir ao impulso de pressionar fast forward. as músicas são de construção mais lenta e apreciá-las dá um gozo peculiar (passe o tautologismo).
ia eu dizendo, que da ípsilon da semana passada consta uma entrevista a pantha do prince, um dos cabecilhas deste movimento musical, a par de matias aguayo e four tet. movimento o qual é aí definido - e muito bem - como "
música tecnológica, mais meditativa [e orgânica]
do que física...".
nesta entrevista, o boche afirma que "
a nossa capacidade auditiva está pouco desenvolvida...[ ]
De alguma forma é como se nós fôssemos adormecendo essas capacidades, deixando de ouvir muitos sons essenciais.[ ]
...temos de voltar a dar importância ao silêncio ouvindo o que ele tem para nos dizer."
sem querer estar a cair no ridículo - mas arriscando-me, sem dúvida! - palavras sábias.
depois de fechar a revista fui ouvir a sonzaca novamente e curti-a daqui à trofa!
deixo aqui uma de pantha du prince - que acaba de lançar álbum, 'black noise' (2010) - e outra de four tet - que, foda-se, acaba de lançar álbum também, 'there is love in you' (2010) - só para sentir.
diga-se que os álbuns são editados pela 'rough trade' e 'domino' respectivamente, duas labels muito ligadas ao rock alternativo.