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terça-feira, 27 de novembro de 2012
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
The Tallest Man On Earth - Love Is All
Eram uma vez quatro irmãos: o Fulano, o Cicrano, o Beltrano e o Catano. O Catano era o mais novo, e fazia uma grande diferença dos outros três que, entre si, tinham pouco mais de dois anos a separá-los. Tinha nascido fora de tempo, numa altura em que o pai, Propano, achava que já não tinha gás, e a mãe, Soprano, fôlego. Ainda assim, com pouco gás e quase nenhum fôlego, o Catano lá conseguiu chegar ao mundo, sem que este no entanto lhe viesse algum dia permitir ter uma vida saudável. Enfezado por natureza, passava grande parte do tempo enfermo, no quarto, onde tinha uma guitarra velha, que foi passando pelos irmãos até lhe chegar às mãos, "viva", mas presa por um fio. Aí, praticava sem cessar, ao som de um rádio a pilhas (que a mãe lhe comprava) "roubado" da mesa de cabeceira do Fulano sempre que este saía de manhã com os irmãos e com o pai para a lavoura. Passava os dias a tocar no quarto, o que fazia as maravilhas de Soprano que não só tinha a companhia do seu filho mais novo nas tarefas da casa, como tinha o prazer de ouvir as cada vez mais elaboradas canções do seu "Cataninho". Assim foi durante quase duas décadas.
Um dia, Catano, farto de se sentir um inútil numa vida de trabalho no campo, pôs a guitarra às costas, deu um beijo na testa de Soprano enquanto esta dormia, e saiu, sem destino, para não voltar.
Anos mais tarde, enquanto todos jantavam, ao som dos talheres a bater nos pratos, Soprano levantou a cabeça do prato repentinamente e pôs os braços por cima das mãos de Fulano e Beltrano, impedindo-os de levar o garfo à boca.
- "Shiiiiuu meninos. Deixem ouvir!" - exigiu Soprano ao mesmo tempo que apontava para a porta que dava para a sala. Desde que Catano tinha partido, tinha lá um rádio ligado todo o dia que, mais do que música, lhe dava a ilusão de ter o seu filho por perto. Cicrano, apercebendo-se da direcção que levava o indicador da mãe, levantou-se e abriu a porta. Os acordes da guitarra invadiram a sala de jantar, seguidos de uma voz que todos reconheceram instantaneamente. Soprano, com o braço ainda em riste, e os olhos esbugalhados, soltou, num misto de alívio e orgulho:
- "Esta canção é do Catano!!!!"
E não é que é mesmo.
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011
The Tallest Man On Earth
Lembro-me de, há umas semanas, alguém me ter espetado uma bofa, ao estilo de wake up call, numa qualquer caixa de comentários deste espaço. O motivo por trás da bofetada - metafórica de nascença mas real de propósito - era este The Wild Hunt - segundo trabalho do sueco que se acha mais alto cós outros. Quase posso jurar ter sido o Mike, mas, vai daí, também pode ter sido o Miguel, o que, mesmo sendo a mesma coisa para mim, visto não ter tido ainda o prazer de conhecer nenhum, não o é para o autor da dita chapada inspiradora. Aqui fica, ainda assim, a menção. Deixo-a a quem lhe sirva.
The Wild Hunt é um álbum (norte-) americano, no sentido em que tresanda a country, tresanda a Dylan e é daqueles que combina bem com paisagens de planícies em andamento vistas de um carro que atravessa o Arizona. "Porquê o Arizona?" Isso já é uma pergunta que têm que fazer ao senhor Matsson. Começa por se ouvir bem, justificando a ocasional visita, para em pouco tempo começar logo a exigir mais e mais, qual namorada que não lhe chega o jantar e quer também o cinema a acompanhar. Mas essa é a grande vantagem da música (por oposição à grande desvantagem da maioria das namoradas): só exige aquilo que lhe queremos dar.
Fica "The Wild Hunt", faixa 1 do álbum e "King of Spain" - um dueto Matsson/guitarra de Matsson.
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sexta-feira, 24 de julho de 2009
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