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domingo, 23 de janeiro de 2011

Um disparate & Chapel Club.

É que não há ninguém que não se reveja nisto. No quê? Que um dia chegou a casa, tarde, cheio de copos e que se sentou ao computador na senda de que alguma coisa de jeito aparecesse, alguma coisa interessante. Em última instância deixa lá ver o MFTF pode ser que alguém tenha posto um som novo. Depois do nome de utilizador e da palavra-passe nada, já tinha ouvido este, ainda por cima ninguém comentou. A vontade é de pôr um som novo, mas o medo de dizer disparates ganha terreno. Publicar um som sem texto acaba por despir o post, e sujeitar a malta a ver um post desnudo acaba por nos fazer hesitar.

Pá, e o que é que eu escrevo? Não vou só pôr o som sem dizer nada. Bem, fica para amanhã. Eu caguei, é que vai mesmo assim, em tom de verdade. Pode ser que esta espontaneidade possa assomar algum tempero ao post, não sei o quê. Mas pode ser que sim. E por falar em verdade, curti El-Gee, bom som, embora tenha tido, definitivamente, que evitar a fotografia do vídeo. Iai, eu sou capaz de ter tido contacto com All I Need num filme de skate - era mais puto que tu - há cerca de dez anos atrás. Na mouche. Fizeste-me lá voltar e até foi interessante. Segue-se We Are The Battery Human - que vale muito a pena - e as cartadas sempre pelo seguro de Binhas. Fáceis, já conhecidos mas sempre certeiramente surpreendentes. Isso tem mérito. Quem deu Fraquinho ao Photoshop Handsome que se acuse, foi injusto que aquilo é muita bom.

Chega. Quero só dizer que adoro Chapel Club. Five Trees a arrancar para All The Eastern Girls.



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Chapel Club - The Shore

Numa das minhas viagens musico-espirituais desloquei-me até Londres. Enquanto caminhava pela cidade, mais propriamente Camden Town, fitei uma personagem do outro lado do passeio. Passeava um homem que se destacava do crowd - que só mais tarde viria a saber que era Lewis Bowman. Era um gajo pequeno, branco embora vestido de preto, de camisa apertada até ao último botão. Destacou-se por andar de forma muito lenta e discreta no meio daquela confusão toda, com um ar meio shoegaze, de guitarra nas mãos. Atravessei, aproximei-me e reparei que cantava qualquer coisa baixinho, com uma voz grave, num estilo muito smithiano.

Decidi persegui-lo entre a multidão na tentativa de perceber o que ele cantava. O tempo não estava famoso, o ritmo frenético das pessoas de um lado para o outro iam-me fazendo perdê-lo de vista. Depois de dobrar uma esquina e se deparar com uma rua deserta, ladeada por armazéns industriais, de parede em tijolo, com ar sujo e com cartazes de publicidade colados uns em cima dos outros, Bowman começou, lenta e progressivamente, a cantar. Desta já em tom alto e daí continuei a segui-lo enquanto o gajo cantava. A letra era forte, intensa e o refrão era orelhudo - you liard, you coward, you snake - a voz então, essa sim, foi a que mais me prendeu. Acabou de cantar deu mais uns passos e mudou de direcção. Aí parei e ainda olhei uns segundos enquanto recuava, o gajo desapareceu sem olhar para trás uma única vez. Voltei para casa, abri os olhos, tirei os phones dos ouvidos, levantei-me e disse vou por esta merda no blog.


Chapel Club.
The Shore.
Lewis Bowman é o vocalista.



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