quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

bosh jr!

Gosto cada vez mais de viver vários dias por dia, e a música atinge-nos exactamente dessa maneira. Por isso mesmo: a la manucho, na esperança que não me sejam extorquidos direitos de autor, entro no ano com este bosh jr!, filho de bosh! I, com canções que tinha fisgadas de há uns tempos para cá que julgo merecedoras de serem elevadas ao nobre estatuto (?) de post. A acentuada heterogeneidade do pack de músicas que vos quero dar obriga-me a hierarquizá-las da mais barba rija à mais ingénua. Serve?

Black Rebel Motorcycle Club têm que estar de corpo e alma em qualquer frase que meta o termo barba rija. Não só por Peter Hayes mas sim por terem a baterista mais badass da indústria musical, capaz de dar um enxerto de pancada a qualquer pessoa daqui. Conscience Killer vem em bruto, cru, com textura de rock primordial. E à chuva.


Cass McCombs, músico norte-americano, bebe da fonte da country alternativa e neste I Cannot Lie escurece um bocado as luzes e arrisca-se a ser corrido a Fraquinhos mas eu não me importo. El-Gee, conto sempre com a tua palmada solidária nas costas.


Surfer Blood são já habitues do palco secundário MFTF. Acredito que numa noite ou outra de loucura lhes dê para serem mais barba rija mas Leah Shapiro - a tal baterista - apanhava-os num dia não e dava conta dos cinco sozinha. Já há aqui alguma ingenuidade a aparecer. Embrulhados no álbum de estreia dos surfistas da flórida aparecem três minutos de intro na catártica Slow Jabroni.


São finlandeses e fazem música, daí French Films. Podem facilmente ser acusados de se aproximarem a The Drums e eu não me importo, nem eles porque com as guitarras iniciais e o refrão deste Golden Sea ai deles que se importassem.



The Pains of Being Pure at Heart para fechar o festival. Ainda que com um pé nos oitentas, a coqueluche da pop melancólica da música corrente lançou o seu EP, estampado com nome próprio, em 2007, mas é agora que começa a subir ao palco e ser aclamada pela crítica. O carácter simples e easy listening continua a ter-me como adepto. Dos românticos adolescentes de Brooklyn deixo-vos o carnal Everything With You.

C'est fini.

5 comentários:

José Montaña disse...

gostei bastante de french films e curto muito Pains of being pure at heart! o resto, lamentavelmente, achei banal!

Duarte Mendonça disse...

Já tinha dito antes e volto a dizer: French Films = Drums. Por isso é q gosto deles! haha

Como habitual, curti o post! E gosto de todos os "escolhidos" para este Bosh Jr... excepto ali o Cass que conheci agora e não me impressionou muito, but i'll give him a few more tries!

Mecas disse...

Curti bastante este bosh puto.
Diz me la qual o album que aconselhas a sacar de BRMC que ja estou para ouvir com atenção há algum tempo e ainda não fui sacar!
French Films é mto bom!

O.M.N.I. disse...

Este "Conscience Killer" é de Beat The Devil's Tatoo, o último, de 2010.
B.R.M.C. é o debut, tem o tema "Whatever Happened To My Rock'n'Roll" que é um abuso.

El-Gee disse...

eu gostei muito deste post, mas acabei por nao me identificar com nenhum dos sons, embora a palmadinha nas costas fique dada pelo bom trabalho realizado.

french films fica como favorito