Eu por mim deixava aqui Under Cover of Darkness imaculado, sem que ninguém lhe tocasse, no topo da página, em pose imperial, a saudar-nos a todos sempre que aqui entrássemos. Mas o motivo é forte. Depois do three pack de EP's que lançou em 2010, James Blake, acaba de derramar, com nome gémeo, o seu primeiro álbum. Estamos a falar de um génio de 22 anos com carácter inventivo presente no seu ADN, que agarra no empoeirado dub step de há uma década atrás, acrescenta-lhe o talento da sua voz em jeito soul e mais uns quantos retalhos electrónicos (ou eletrónicos sem "c" consoante o novo acordo ortográfico; embora continue a ser dado como erro). O produto final não podia ser mau.
Estamos a falar daquele que é para mim o terceiro caso, à escala mundial, em que o uso do vocoder para alteração digital da voz não soa a jogo de Mega Drive. Falo de Kanye West e Imogen Heap como antecedentes. Na simplicidade das suas canções - e por vezes silenciosamente certeiras, reparem nisso - habitam o bom gosto nos arranjos, melodias profundas, atmosféricas e emocionais, a juntar a pormenores exímios de produção. Pormenores esses que impressionam mais ainda ao sabermos que foram produzidos e gravados no seu quarto em Londres. Não pela falta de propostas por parte das editoras mas sim porque quis ser o próprio produtor do seu trabalho. Depois da conversa é pô-lo a tocar.
Deixo-vos estes.
Limit To Your Love (cover de Leslie Feist).
E de seguida The Wilhelm Scream ao vivo.
6 comentários:
só agora começo a dar uma vista de olhos com ouvidos de ouvir a este senhor e estou a gostar.
"the wilhem scream" e "air and lack thereof" são grandes músicas.
Gosto de ver que finalmente te rendeste ao James Blake.
sacana, antecipaste-te! ia pôr este som hehe. gosto muito!
tem um cover da joni mitchell lindo também. adoro, ja ta a bombar no meu i-poppy ha 1 mesinho.
Não adoro...pelo menos estes dois sons.
Este cabrão é tão bom
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