Twin Shadow

Já cá anda nas prateleiras. Naquela onde o manucho arruma os seus bosh's, aliás é isso mesmo que diz a etiqueta: Bosh's do manucho. E antes que um dos longas-duração que fez muita gente feliz em 2010, e continua a fazer ainda hoje - mais concretamente agora que o beat final de Shooting Holes se vai desvancendo -, resvale no esquecimento, decidi trazê-lo cá e apresentá-lo oficialmente ao grupo. Este é Twin Shadow, Twin Shadow estes são os bacanos que eu te falei. Senta-te, tranquilo. Não queres beber nada?

Twin Shadow é o pseudónimo que George Lewis Jr. encarna sempre que se levanta da cama. Dominicano de sangue, nascido em Boston, vagabundo no leste europeu e actualmente perdido no Brooklyn. É, então, filho do mundo. Pelo que diz, Forget é fruto de noites rocambolescas em hotéis aqui e ali. Este disco, produzido por Chris Taylor dos Grizzly Bear, entra em rotação exaustiva no fim da passada década e embeleza tudo o que é tops de fim de ano. Pedro Ramos da Radar chama-o de filho bastardo adoptado por Morrissey com Marvin Gaye como mãe. Manucho complementa afirmando que recria no seu imaginário um cenário de bas-fond urbano sombrio dos anos 80. As ambiências urbanas oitentistas são nítidas bem como a veia vocal herdada do vocalista de Manchester, por isso estão os dois de parabéns.

Aqui vai Slow, aquele que para mim foi o melhor som do ano e que quero, com uma ânsia quase desagradável - à escala dos acampados uma semana antes à porta do Pavilhão Atlântico para Tokyo Hotel -, ouvir no Lux no próximo Maio. George, posso pôr a tocar só mais uma vez para eles ouvirem? Obrigado.