terça-feira, 17 de julho de 2012

Melhor dia de festival de sempre

Olhando para o cartaz com antecedência, mais concretamente para o dia de domingo, a conclusão era óbvia: "segunda feira, mete férias". Feito.

Umas semanas mais tarde os horários são lançados e o meu dia de férias não podia ter sido tão bem aplicado:

Maccabees 20h20
Radiohead 22h30
The Kills 01h50
Metronomy 3h10

O meu dia lá começa por volta das 19h, com as pernas a fraquejarem, elas que já varreram 4 festivais no ultimo mês e meio. Ainda apanho as Warpaint, que dão sempre um bom concerto, e por ali me mantenho, já de jola de 0,5cl na mão, à espera de Maccabees. Vieram duas vezes a Portugal e conseguiram sempre passar-me a perna. Como diz o outro que "à terceira é de vez", lá estava eu feliz da vida a assistir finalmente a Maccabees. Ao vivo, incriveis!




Terminado o meu momento Maccabees arranco, já stressado, em direcção ao palco principal para conseguir um lugar aceitável e assistir a esse momento épico que se iria proporcionar chamado Radiohead.
Dos muitos concertos que já tive o prazer de assistir nunca tinha visto tanta qualidade num artista e respectiva banda ao vivo. Thom Yorke e os Radiohead podem pedir o que quiserem por um bilhete que vale a pena. Inesquecivel.



Ainda meio nostalgico por ter acabado Radiohead, arranco para The Kills tranquilamente enquanto  metade do festival arranca para casa. Uma multidão enorme e interminável a dirigir-se para a saída do recinto e mais uma vez penso que o meu dia de férias não podia ter sido tão bem aplicado.
Bate as 01h50 e o palco secundário, para alguma supresa minha, está cheio de gente e com grande ambiente. São já 2h da manhã e nova surpresa: fico perdidamente apaixonado por Alison Mosshart, vocalista dos The Kills. Sozinho, no meio da multidão, assisto a um enorme concerto e saio de lá maior fã dos The Kills (e da querida Alison, também).




Já de rastos, foi só o tempo de ir abastecer. Passava das 3h15 e os Metronomy são saudados por uma imensa multidão (sim, 3h15 da manhã!). Segundo os próprios, quando souberam que iam tocar às 3h15 da manhã, num domingo, ficaram algo desiludidos por acharem que iam tocar para pouca gente. Puro engano. Emplogados pelo publico deram um grande concerto. Este ano ainda não tinha assistido a tanta gente às cavalitas umas das outras durante um concerto. E 90% eram raparigas o que é sempre de saudar. De resto, foi só pena terem tocado pouco mais de 1h porque se continuassem noite dentro, ninguem arredaria pé dali.



5h15 da manhã e chego eu a casa. Adormeci a pensar que foi dos melhores dia de festival que tive o prazer de presenciar. Se não contar com Glastonbury, onde é dificil não ter um dia épico, foi provavelmente o melhor dia de festival que assisti.



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