El Guincho

Transportado para correntes fronteiriças de nuestros hermanos, a propósito da abençoada partilha de Subiza neste nosso canto, dei de caras, num qualquer cruzamento entre Ramblas e Mali, com El Guincho. Podia ter a ver com a praia ali para os lados de Cascais mas não, falo mesmo de Pablo Díaz-Reixa – nome esse que tem tudo para ser idolatrado por manucho – com quem me encontrei viajando por Espanha. Um músico também ele viajante, segundo a entrevista ao jornal Metro, criador de indie pop com suores tropicais, reverberação lo-fi até mais não e pura alegria pautada pela ginga rítmica africana. Isto é El Guincho.

Ele já aqui passou pelo MFTF meio ofuscado numa playlist que – mais uma vez manucho – com tanto gosto nos foi dada em começos de calor. Este senhor merece bem mais que uma simples referência, agora sim um post em nome próprio. Foi na altura de tal colectânea que emprestei os ouvidos a Alegranza!, seu álbum de 2008, trabalho esse que assistiu a alguns pores-do-sol comigo ao longo do Verão. Se a energia da savana estava presente e dançante no som Antillas, então Pop Negro (2010) é intenso de uma ponta a outra e tem o calor do deserto, embora tenha sido gravado em Berlim.

Já dia 23 o Music Box vai plantar coqueiros, palmeiras, espalhar areia branca pelo chão e, a par de Toro y Moi, mandar subir ao palco o catalão afro-tropical de que trata esta introdução. Por uns ridículos 12€.

Os dejo, para quien quiera escuchar, el Antillas del Alegranza!:

y también Bombay del reciente Pop Negro:

Fins ara!

Actualização de 01/12/2010:

Eleito o melhor som do mês de Outubro de 2010 pelos leitores do MFTF.
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