A Califórnia está para Wavves como Wavves estão para a Califórnia. Let the sun burn my eyes é o mote para o espírito anárquico insubstancial que carimba a personalidade deste colectivo de San Diego. Em King of the Beach as suas canções frívolas e rebeldemente ébrias atiram, à parede das garagens onde tocam, o imaginário de No Hope Kids bem como o lifestyle da liberdade adolescente americana. O cenário são umas férias de verão com casa alugada em cima de Venice Beach, surf, amigos, muita loucura com álcool e drogas à mistura. Muita cerveja de lata com amnésia programada para o dia de chegada até ao dia de partida, esquece-se o que é o Bem e o Mal, apagam-se as regras e vive-se o vazio punk das guitarras desconcertantes de Wavves.
Se até agora imaginámos um grupo de pessoas, Nathan Williams (vocalista) é exactamente a personificação da geração vigente naquelas terras, ressuscitando o enganosamente antiquado sex, drugs & rock'n'roll. Letras pouco profundas, imprecisas, com a mensagem de auto-destruição sempre presente, em letra grande. Williams e a sua banda - live-fast-die-young's convictos - caminham sem destino mas na próxima sexta-feira (3 de Dezembro) vão trazer um excerto desta Califórnia ao piso menos um da garagem do Marquês de Pombal - Super Bock Em Stock. E embora pareça que aqui estive a dizer mal deles, não, não estive e vou fazer questão de acompanhá-los naquela curta hora de concerto pela areia californiana.
Post Acid.
Green Eyes.
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4 comentários:
o post, para não variar, está muito bom, mas as músicas não me conquistaram...
estes gajos tanto tem sons optimos como sons banais ou fraquinhos. Nao consigo dizer se gosto ou nao deles!
li a primeira frase e topei logo q o post era teu Jakin
O que mais quero ver no Super Bock en Stock sem dúvida.
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