Estes pirralhos do Minneapolis com intenção rock no ADN atiraram ontem mesmo, pela varanda (presumindo que vivem num prédio - alto de preferência), o seu primeiro caixote empoeirado de canções. Esse mesmo tinha um autocolante estampado numa das abas, daqueles feitos à mão, com caligrafia ainda de miudagem de liceu, com o nome Give Up America. O frontman, Jordan Gatesmith, que dá pelos seus 19 anos - isto é, sendo dos USA, ainda não é maior - ria-se lá de cima debruçado, a ver o caixote voar lentamente, em câmara lenta. Pelo meio das alturas, canções pouco vertiginosas como Beach Sluts ou Free Drunk deixavam a caixa e faziam-se já ouvir.
Quanto menos faixas restassem na embalagem quando a caixa de cartão desse com o chão mais Jordan e os seus companheiros se riam. Ainda de guitarras e baixo ao peito, baquetas na mão e um teclado amarrado ao parapeito pelo cabo de electricidade. Jordan e Ian Nygaard, France Camp, Brent Mayes e Max Petrek respectivamente. Ao caixote restavam segundos para o embate, todos brindavam de cerveja na mão a edição do primeiro disco logo com selo Rough Trade. Havia pessoas que se afastavam prevendo a explosão da queda, é certo, mas eram mais as que perseguiam o som das guitarras barulhentas a beber de uns Black Lips, o noise de uns Wavves, ou de solos e coros à Strange Boys com apreço pelos 50's, deixando espaço para epilepsia vocal de uma das lendas vivas: Iggy Pop. Vinham de todos os lados, para celebrar a sobrevivência do rock.
Boom! Explode o single Back Of Your Neck e os estilhaços da Desesperança n'Ámérica chegam a todo o lado. E MFTF não escapa. A frase era foleira, manucho, mas era disto que eu falava.
1 comentário:
é brega é.
mas o som não é brega não. é bom, gosto.
o vocalista escusava era de se apresentar com uma tromba daquelas, mas quem tem telhados de vidro não deve dizer uma coisa destas.
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