Bom meus queridos e minhas queridas,
Hoje apresento-vos dois bídeos com a mesma música.
O primeiro tem o seu bídeoclip normal:
O segundo, tem um bídeo fenomenal, com uma fotografia extraordinária, uns contrastes fortíssimos e (aí está um pormenor delicioso) a ausência total de zoom, que lhe dá uma visualização bem boazinha, vá! Ah e já me esquecia do enorme jeito que o artista tem com uma bina.
Aqui vai:
Se não tivesse passado por Glasto em 2010 e pelo T em 2011 diria, sem dúvida, que Paredes de Coura era o melhor festival. Uma experiencia imperdível e obrigatória.
Fessoas felómanas, antes de mais, confere, estou vivo. Sucede, contudo, que a cultura musical dos postantes deste blog torna difícil contribuir com qualquer coisa de jeito para este canto da blogosfera. Ainda assim, em antecipação witseliana, trago-vos os dois últimos avanços dos Girls para Father, Son, Holy Ghost:
Vomit
Honey Bunny
Sendo ambas love songs, mais precisamente músicas sobre a alma gémea que tarda em aparecer, tratam-se de duas músicas bastante diferentes. A primeira, musicalmente mais rica, mais instrumental e melodramática, contrasta com o easy listening e o ritmo mais acelerado da segunda.
Hope you enjoy them!
Q: Where do you find a dog with no legs? A: Right where you left it.
daqui a duas horas, uma certa ala do mftf vai partir pdc ao meio. estiveram a esteróides nos últimos dias para maximizar a utilidade que este concerto traz; são mesmo assim, utilitaristas benthamianos moderados.
Um mexicano exilado no Texas - e não um texano exilado no México, o que começa logo por ser original - bom fazedor de canções banhadas a chillwave. É essa a história da vida de Neon Indian, quer dizer, de Alan Palomo. Já lhe eram conhecidas as elegâncias solares de Deadbeat Summer, extraído de um tal de Phsychic Chasms, produzido em casa pelo seu próprio esforço, de instrumentos ao colo. Um regresso às colunas dos cenários eighties, que teimam em não perder fôlego, nos quais os jogos de Nintendo viram férteis campos para extracção de matéria-prima. Com uma voracidade fora do normal (e bem sucedida) por bons ritmos, Palomo, ou Indian, ou Alan, ou Neon, abre portas a uma Era Extraña, seu novo disco, e atira Polish Girl como single em plena época balnear de 2011. E um hino ao pop e à dança assente em sentimentos nostálgicos de um ex-amor de Verão, neste momento, não podia ter feito mais sentido. Avé Neon, ou Indian.
Enquanto os National reviravam os seus álbuns do avesso no palco principal para comerem com o pior aplauso de sempre num encore de toda a carreira - palavras proferidas por um dos irmãos Dessner -, Palomo, Alan de primeiro nome, agora já com os seus restantes Neon Indian em palco, trouxe luminosidade aos tons cinzentos que nem o azulão TMN conseguia camuflar - pois Swedish House Mafia ainda tardavam em aparecer. A aeróbica, provocada pelo brilho da irrequietude dos sintetizadores onde vai sorver esta tal de energia chillwave, fez-se sentir (e ouvir) nos parcos corpos que lá habitavam enquanto Alan e seus texanos de estrada traziam temas ora do trabalho anterior ora do novo que está para sair. E volto mais uma vez a destacar Polish Girl. Feliz. Chegou a ser cantado pelos gatos que, de tão poucos que eram, nem direito ao pingados tinham, e a ser movido por uma explosão tímida de libertação corporal dos presentes naquele despovoado recinto. Fez-me feliz, repito, o que, no fundo, é o que se quer da música ainda para mais daquela de Verão como esta - sendo esta troca de pronomes propositada. Polish Girl, o nome desta música de Alan Palomo, aka Neon Indian, pode muito bem, não tão atrasada assim, visto que agora o Verão é de Agosto a Outubro - não sabiam? -, ser das melhores amigas do calor.
2/8 - De Fruit Bats a Pepper Rabbit com passagem por Slave Ambient (!) dos The War On Drugs: catrefada de novos álbuns em streaming.
2/8 - tUnE-yArDs atinge Fallon para performance de Gangsta com os The Roots.
2/8 - Toro Y Moi lança How I Know, tema de Underneath de Pine, em formato video clip.
2/8 - Our Deal dos Best Coast também teve direito a filme. Realizado por Drew Barrymore.
2/8 - É encontrada uma lost session acústica de Jerome, tema do novo disco de Lykke...Ly!
3/8 -FMI, Festival de Música Independente, em Braga, continua a acrescentar nomes ao seu cartaz. Vocalista dos canadianos New Pornographers - Kathryn Calder - inclusive.
3/8 - Barulho esquecido de 1994 dos Daft Punk encontrado: Drive.
4/8 - Bonnie Prince Billy confirmado no Teatro Maria Matos.
4/8 - The Shins com novos membros e a trabalhar em novo álbum.
4/8 - Best Coast oferecem som aos fãs - que cena fatela - de nome How They Want Me To Be.
5/8 - Twin Shadow remistura Heart In Your Heartbreak dos Pains Of Being Pure At Heart e ofrerece-o para download gratuito. Aqui.
5/8 - Novo som de nova banda (que eu não conhecia de lado nenhum): Air France - It Feels Good To Be Around You.
5/8 - Dupla She & Him, composta por M. Ward e Zoey Deschanel - ou a gata do 500 Days Of Summer, como quiserem - lançam novo álbum até ao final do ano.
5/8 - Lykke Li vai ao Leno com tema que abre o Wounded Rhymes: Youth Knows No Pain.
5/8 - Male Bonding atiramTame The Sun para novo álbum Endless Now e acredito que manucho goste disto.
6/8 - Sintra Misty deste ano já tem nomes confirmados.
7/8 - Veteranos Weezer coverizam o tema Pumped Up Kicks, dos recém-nascidos Foster The People, que acaba de conquistar o título de som-de-verão-mais-descontraído-de-sempre.
7/8 - Beirut disponibilizam The Rip Tide, editado a semana passada, para audição gratuita. Ouviste Kiko?
8/8 - Agora a minha posta Blitz deste newspost: MGMT atacados por ténis e chanatos voadores.
8/8 - Girls arremessam vídeo para Vomit, novo single do trabalho Sun, Father, Holy Ghost que virão apresentar a Lisboa e Porto em Novembro.
8/8 - Bem como Bjork, a mal-amada MFTF, que atira igualmente um clip para Virus, tema do seu recente Biophilia.
8/8 - Álbuns e singles avançados esta semana através do NME.
8/8 - Surfer Blood, em tour com os Pixies, atiram novo material em formato EP depois do álbum de estreia: Tarot Classics (carregar na capa para ver notícia).
Depois de pouco mais de quarenta minutos de concerto (não há reportório para mais)... os braços, dormentes (culpa da bandeira). As pernas, a vacilar, do esforço que um gajo com um cabo de cinco metros numa mão e uma câmara na outra tem de fazer para não ir ao chão no meio do mosh. Os pés, a gritar, lá do fundo das galochas, qual criança presa no fundo dum poço: "Socooorro!!". O peito e as costas "sufocados" pela t-shirt, alagada. A cabeça, desabitada de qualquer pensamento ou emoção. Se os olhos virassem 180 graus e dessem uma olhadela lá para dentro assistiriam a uma daquelas manhãs de neblina à beira-mar em que só se vê a água a bater-nos nos pés - a jola fazia de água e o "fumo" fazia de neblina.
O.M.N.I., terminado o concerto: "Foi um bocado parado isto..."
José Montaña já tinha embrulhado Love Out Of Lust num "On-The-Go" onde tal cançoneta acabou por não ser encontrada com o merecido louvor. Armo agora aqui a parada que traz Lykke Li (em linguagem fonética escrita: li e não laiqui) em pose épica e pomposa, com os braços erguidos enquanto segura com as duas mãos, vangloriando-se, o seu novo disco - Wounded Rhymes -, com sorriso digno de desfile real. Se ainda me acompanham podemos até imaginar-lhe os confetis a sobrevoar o carro, que se desloca em marcha lenta, os flashes contínuos e as forças policiais com dificuldades em resistir à multidão que não vê com maus olhos um dia atrás das grades se puder tocar em Li. Só tocar. Wounded Rhymes, coerentemente incoerente, passo o pleonasmo distorcido, é isso mesmo: grandioso. Canções fantasiosas que falam sobre sentimentos reais, conduzidas por uma sequência narrativa que não se importa de passar abruptamente da delicadeza acústica a momentos onde o caos invade o ritmo sem qualquer cordialidade. Ou mesmo onde baladas profundas dão lugar a campos mais electrónicos, sempre com respeito.
Falo claro de passagens como de Unrequited Love para Get Some - a canção pop que Lady Gaga sempre sonhará escrever -que trazem a bipolaridade criativa de Lykke à camada mais exterior da epiderme deste trabalho. Youth Knows No Pain no começo, talvez por ser o tema que mais vai beber a Youth Novels (2008), é uma intro para uma veia mais caeira da artista sueca que dilui percursos amorosos com as correntes das águas no single I Follow Rivers. Daí seguem-se declarações de amor à tristeza em Sadness Is A Blessing a explicar então a suafaceta menos luminosa e desconsolada que vai sendo exposta ao longo do disco; e abre-se caminho a dois enormes momentos na (quase) despedida: I Know Places e Jerome. Depois da calmia e emoção da primeira sente-se o sabor da bonança que se segue à tempestade mas nada que Li Zachrisson nunca tenha feito, então neste disco, é trocar-nos as voltas. E é aí que entra Jerome. O final não é feliz, também não é triste ou não é sequer um final. Um disco carnal em que o sentimento é tocado nos dez temas, um turbilhão de emoções cantado por uma voz gigante.
Para aqueles que pensam que eu só estou a fazer este post por superstição, enganam-se. Faço-o pelo som em si e porque esta parece ser uma banda que simplesmente não desilude. Acho que, a par de Coldplay, caminham a passos largos para ser uma das 5 maiores bandas da nossa geração.
Este barulho foi criado para fazer parte da banda sonora do filme Win, Win , com Paul Giamatti (outro enorme artista em ascensão, mas isso são contas de outro rosário) e a voz feminina que acompanha o nosso amigo Matt é a da norte-americana Sharon van Etten.
Uma americana com apelido holandês? Pera lá, nunca ouvi falar desta gaja na vida.
Sim, a estação não está certa, mas sinceramente não me apeteceu mesmo nada esperar 6 meses para poder postar este som que ouvi pela primeira vez hoje. Depois de ouvir a primeira, ouvi a segunda e a terceira, sempre com a minha boa disposição a aumentar.
Depois pensei: tenho de actualizar o ipod e ir para o calçadão correr a ouvir esta maravilha que me faz lembrar M83, aproveitando assim o inverno que (não) se faz sentir nesta cidade.
Desfrutem das batidas de inverno enquanto está calor.
Um dos concertos que o Biças e eu mais curtimos na 5a feira. Visto assim ficamos sempre com a sensação de mamadisse de grupos que aparecem por aqui durante este festival mas dentro do castelo e no meio deste ambiente todo cheio de gente estranha rapidamente se ganha a mística e o gosto por este tipo de concertos.
Curtam esta chapa durante o último concerto, o fecho das musicas do mundo no castelo.
Woodkid, como podem ver, é o irmão falhado do Pinóquio. "Falhado", não porque tenha dado com o insucesso em alguma empreitada a que se tenha dedicado, mas porque, muito simplesmente, é um produto falhado do seu criador, o famosíssimo Gepeto. É falhado de condição e não de defeito. O próprio nome do rapaz - "Rapaz" de nome próprio, "de Madeira" de sobrenome - indicia já algum desinteresse do seu criador no momento de o baptizar. O desencanto já era total.
Gepeto - é do conhecimento público -, é dado à pinga. E naquele dia em que a concepção de Woodkid se desenrolava, contava já com uns quantos meios copos de Jeropiga na "conta". Aquecia-lhe o estômago e, acreditava ele, apurava-lhe o dom de criar rapazinhos a partir de bocados de madeira. Ficou, por isso, incrédulo quando pôs os óculos para verificar que a martelada que tinha dado no cabo daquele utensílio que os carpinteiros usam - esse mesmo!-, o tinha feito resvalar de forma desastrosa e - pior! - incorrigível, do nariz para o sítio onde o olho esquerdo do Rapaz deveria aparecer depois. Um momento de desatenção, e o Rapaz ficou zarolho para toda a vida.
O velho ficou pior que estragado - meio copo goela abaixo -, e só acabou o serviço porque não gosta de deixar nada (muito menos uma garrafa de Jeropiga) a meio. Terminada a criação - e a garrafa -, Gepeto pôs as mãos por baixo dos sovacos do Rapaz, levantou-o esticando os braços ao alto, e disse com aquela dicção que só 18 meios copos de Jeropiga conseguem dar: "Ésfeiocomóscornos!"
Most of my sweet memories were buried in the sand
The fire and the pain will now be coming to an end
How did you get to save me from this desolate wasteland
In your eyes I see the dawn of brighter days again