Bendita sejas, minha 3a feira, que hoje trazes-me uma alegria através da música. Alegria essa suficiente para me alegrar a semana, logo a mim, que ando triste e deprimido com os acontecimentos de outra grande paixão minha que semana após semana faz-me descobrir novos niveis de revolta, de tristeza, de depressão.
Obrigado por não seres uma 3a feira banal como todas as outras mas sim por seres uma 3a feira diferente, que irá terminar com isto:
É já no próximo dia 8 de Novembro, no CCB, que teremos a oportunidade de poder assitir ao vivo ao mais próximo de Joy Division através de Peter Hook que dará um concerto em homenagem ao enormíssimo album "Unknown Pleasures" dos Joy-fucking-Division!
No início desta semana enviaram-me uma playlist bem maneirinha que tive o prazer de degustar durante a mesma, até chegar à conclusão de que teria de partilhar com o Fessoal.
Nunca uma playlist fez tanto sentido, já que amanhã há feriadão deste lado do oceano.
Este foi o som com que me presentearam à chegada de uma festa no último sábado que, sem dúvida nenhuma, destruía casamentos.
Na altura não sabia se estaria a ser influenciado pelo ambiente que se vivia, pelo facto de ser o dia em que celebrava 28 anos, ou mesmo pela quantidade de alcool ingerido numa maratona que começou às duas da tarde, mas voltei a ouvi-la já sóbrio e continuei a curtir. Espero que curtam também.
Sei que este blog se pauta pelo princípio da irrepetibilidade das músicas. Não poderia deixar de ser de outra maneira.
Contudo, mal de mim se deixasse de parabenizar o nosso caro amigo Mecas pelo irrepreensível cover dos Oberhofer - Away Frm you. Senão oiçam:
Respect. A policewoman pulls over a drunk driver. She asks him to step out of his car and says, "Anything you say can and will be Held against you." He replies "BREASTS."
Tenho para mim que há sons que, apenas por pertencerem a bandas sonoras de filmes, são automaticamente classificados como épicos. Não sei qual é o truque mas é um facto: um som associado a uma cena de filme capta melhor a atenção do ouvido, a minha pelo menos.
Se ouvisse isto na rádio, na noite ou num cd, não teria tanto impacto em mim como num filme.
A batida é mágica. E estes dois brothers por trás (apesar de um deles ser um deficiente mental de todo o tamanho) tornam ainda melhor este som.
A duas semanas do lançamento do novo álbum de Mumford, eis que surge este belíssimo vídeo de um dos sons que já estão disponíveis do novo rebento da banda.
O single com que os trêsporcento apresentam o seu segundo álbum - Veludo - é um shot daqueles que parecem docinhos mas que, depois de emborcados, nos deixam a recear que façam o caminho inverso só pelo desplante de, por momentos, termos ousado chamar-lhes "docinhos". É, na minha humilde opinião, o melhor pedaço de música que já fizeram - isto vindo de um fã assumido da banda -, porque consegue manter as características que fazem do som que eles fazem, música verdadeiramente portuguesa (aquele arrastar das sílabas que acompanha qualquer música dos trêsporcento é tão português como é o fado), sem entrar num caminho que, por vezes, leva a alguma melancolia. Não que essa melancolia seja, em si mesma, um defeito, mas antecipo na música deles mais garra do que por vezes oiço e isso - sou sincero - "desilude-me" (entre aspas). Este Veludo não. Este Veludo é mais áspero.
O barulho,The Keeper, foi escrito pelo Cornell propositadamente para Machine Gun Preacher, que conta a história real de um homem que buscou redenção onde a redenção simplesmente não existe: África.
Um homem só, acompanhado de uma guitarra e de uma garrafa de vinho onde durante duas horas e quinze minutos canta, toca e fala várias vezes em português para 25 mil pessoas, é aplaudido constantemente pela multidão, veio 6 semanas antes para Portugal para surfar e curtir o nosso país, pede para ajudarem o seu amigo surfista português que está a ser expropriado, chama um amigo seu para tocar dois sons (um dele e outro do seu amigo - Glen Hansard). Isto tudo resume-se em apenas duas palavras:
Que maravilha que isto foi, naquele que é sem dúvida um grande festival mas que perde muito por ser frequentado, na maioria, por pessoas que só entram no festival à meia noite, não sabem quem toca no palco principal e nem sequer sabem da existência de um palco secundário.
Eu: "só chegaram agora? (meia noite e meia)" Individuo não identificado: "Claro! Sudoeste só se chega a esta hora normalmente!" Eu: "Ok..."
Eu: "vai começar Eddie Vedder!" Individuo não identificado: "Quem?" Eu: " Eddie Vedder.... Pearl Jam... sabes..." Individuo não identificado: "Ah... pois! não.. vou à tenda VIP primeiro e depois talvez lá apareça..."
A Laura é muito, muito boa e parece ter "the all package". É calma quando precisa de ser calma e emotiva quando a emoção se justifica. É inteligente e bem estruturada. Tudo atributos para ser boa na cama. Talvez melhor que o próprio Daniel.
Está a caminho o segundo album destes ozzies, depois do grande sucesso (na minha opinião) de Innerspeaker, e dos milhares de vezes que esse album passou nos meus ouvidos, espera-se no minimo que Lonerism traga a mesma magia e o toque psicadélico que os caracteriza.
Ficam aqui estas duas malhas:
Olhando para o cartaz com antecedência, mais concretamente para o dia de domingo, a conclusão era óbvia: "segunda feira, mete férias". Feito.
Umas semanas mais tarde os horários são lançados e o meu dia de férias não podia ter sido tão bem aplicado:
Maccabees 20h20
Radiohead 22h30
The Kills 01h50
Metronomy 3h10
O meu dia lá começa por volta das 19h, com as pernas a fraquejarem, elas que já varreram 4 festivais no ultimo mês e meio. Ainda apanho as Warpaint, que dão sempre um bom concerto, e por ali me mantenho, já de jola de 0,5cl na mão, à espera de Maccabees. Vieram duas vezes a Portugal e conseguiram sempre passar-me a perna. Como diz o outro que "à terceira é de vez", lá estava eu feliz da vida a assistir finalmente a Maccabees. Ao vivo, incriveis!
Terminado o meu momento Maccabees arranco, já stressado, em direcção ao palco principal para conseguir um lugar aceitável e assistir a esse momento épico que se iria proporcionar chamado Radiohead.
Dos muitos concertos que já tive o prazer de assistir nunca tinha visto tanta qualidade num artista e respectiva banda ao vivo. Thom Yorke e os Radiohead podem pedir o que quiserem por um bilhete que vale a pena. Inesquecivel.
Ainda meio nostalgico por ter acabado Radiohead, arranco para The Kills tranquilamente enquanto metade do festival arranca para casa. Uma multidão enorme e interminável a dirigir-se para a saída do recinto e mais uma vez penso que o meu dia de férias não podia ter sido tão bem aplicado.
Bate as 01h50 e o palco secundário, para alguma supresa minha, está cheio de gente e com grande ambiente. São já 2h da manhã e nova surpresa: fico perdidamente apaixonado por Alison Mosshart, vocalista dos The Kills. Sozinho, no meio da multidão, assisto a um enorme concerto e saio de lá maior fã dos The Kills (e da querida Alison, também).
Já de rastos, foi só o tempo de ir abastecer. Passava das 3h15 e os Metronomy são saudados por uma imensa multidão (sim, 3h15 da manhã!). Segundo os próprios, quando souberam que iam tocar às 3h15 da manhã, num domingo, ficaram algo desiludidos por acharem que iam tocar para pouca gente. Puro engano. Emplogados pelo publico deram um grande concerto. Este ano ainda não tinha assistido a tanta gente às cavalitas umas das outras durante um concerto. E 90% eram raparigas o que é sempre de saudar. De resto, foi só pena terem tocado pouco mais de 1h porque se continuassem noite dentro, ninguem arredaria pé dali.
5h15 da manhã e chego eu a casa. Adormeci a pensar que foi dos melhores dia de festival que tive o prazer de presenciar. Se não contar com Glastonbury, onde é dificil não ter um dia épico, foi provavelmente o melhor dia de festival que assisti.
Aproveito para publicitar aquilo que poderá vir a ser uma casticada de proporcoes épicas no Quiosque do Melhor Bolo de Chocolate do Mundo, quarta-feira dia 18 de Julho, com José Montaña nos comandos.
depois de há uns tempos ter falado deles de forma epistemologicamente vazia e o caralho, como se isto fizesse algum sentido mas tudo bem - no fundo o que interessa é preencher estas linhas com umas encadeamento de letras que possa ser lido ainda que o significante por detrás do texto seja desprovido de sentido, como é o caso - aqui deixo finalmente um registo passível de ser escutado por pessoas normais.
os putos são escoceses e acabam de lançar o seu segundo álbum. ainda assim, do que ouvi, acho que o melhor deles ainda está no primeiro.
Nao sei se lembram, no concerto de Bloc Party ontem, daquele comeco electro magnifico do "We found love in a hopeless place" e de como a musica depois transitou para outra que me deixou (sozinho) aos pulos. Era esta, "Flux". Penso que e um B-side do Weekend in The City, mas eu desde sempre adorei e fiquei surpreendido que mais ninguem tivesse ficado maluco no concerto. A versao que eles tocaram foi calminha. Ha uns remixes bons por ai tambem..
Tá aí a sair o quarto albúm dos Hot Chip, Our Heads. Ficam aqui estas duas primeiras para aprovação, Night and Day e Don't Deny Your Heart. A ver se se dança ao som destas no SBSR deste ano!
(confesso que este modo de escrever o nome da banda, me irrita solenemente)
Bom, segundo avanço para tUnE-yArDs, depois da playlist do Manucho para o Verão 2011. E falando em Verão, eles vão estar em Paredes de Coura, e "agente" vamos vê-los!
Deixo aqui duas malhas do segundo álbum w h o k i l l (os gajos insistem na escrita alternativa), de 2011. Batam o pézinho!
Rock Against Communism, ou RAC, é um movimento musical que contém letras de ideologia política que, apesar do seu nome confrontar-se directamente com o comunismo, as suas músicas muitas vezes não são focadas no mesmo.
Hoje, mostro-vos Hollywood, um barulho que a banda partilha com os Penguin Prision e que sem sombra de dúvidas fica no ouvido.
Este post é uma espécie de mea culpa que eu faço questão de fazer aqui e de dirigir àquele gajo que tem nome de desenho animado. Sim, é contigo Quim dos Quadros! Já tiveste que levar com alguns deboches meus (dos quais sempre dei preferência ao "esse gajo é uma fachada!"), sempre que te referias em tom elogioso/homossexual a este wannabe Justin Vernon. As minhas profundas, sinceras, infinitas e histéricas desculpas por isso. De facto, nunca fui com a cara dele - com a do B Fachada, não com a tua, Quadros que hoje, até aturo. Mas este "Mané-mané", não vale a pena escondê-lo, é um momento de grande felicidade. Minha, dele e tua porque com ele podes dizer, com propriedade: "Ah agora gostas?!"
Interrompo o meu hiato musical para vir aqui trazer o primeiro cheirinho do novo álbum deste mago de bigode que, não há muito tempo, virou Paredes de Coura ao contrário. Oxalá repita a dose em Agosto...
Insólito e invulgar. Estranho e esquisito. Intrigante e curioso. Raro e extraordinário. Peculiar e especial.
São todas palavras que constam no dicionário.
...e que em muito têm a ver com o shuffle que hoje partilho e é por isso este post de hoje vem em forma de teste.
Preencha os brancos com as palavras que estão a sublinhado, na primeira frase (ali em cima).
Depois de várias pesquisas, descobri que os Ginger Ale são (ou eram) uma banda bastante ________.
Ora, a página de Facebook da banda tem 26 (!!) likes e _______ é o som que é disponibilizado online.
Mas o ________ é que no meio desses sons (quase impossíveis de encontrar) deparei-me com algo ainda mais _________: o seu melhor barulho nem no Youtube está.
Revoltei-me e fiz algo que ainda hoje acho ___________: Descobri como pôr um vídeo no Youtube e fi-lo.
Não porque é fácil ou difícil, mas sim porque simplesmente não existia.
Minutos antes de entrar nessa breve odisseia, pensei que é demasiado ________ um barulho tão _________ não estar sequer no Youtube. ____________ e ao mesmo tempo ____________. Afinal como é que mais ninguém viu esta lacuna internáutica?
A conclusão é, no mínimo, ___________.
Fica aqui um grande som, talvez o único grande som dos Ginger Ale.
Para mim já é um clássico.
Joan As Police Woman é senhora para ser das duras. A quem a benevolência nem por isso diz muito. The Deep Field, o seu último LP, aitrou-a para um merecido patamar de consagradas singer-songwriters norte-americanas. Depois de já cá ter estado algumas vezes, quer no Porto quer em Lisboa, ontem foi-lhe proposto um formato único. Todo o seu carácter austero deixou-o para os lados de Conneticut. Apresentou-se vestida de semi-uniforme e trouxe-se tímida, frágil, despida de banda, a solo, ao piano e guitarra. Momentos que se podem dar graças seja a quem for por nos cairem nos braços. Ali, para 200 pessoas, abriu-nos portas à intimidade e mostrou uma vulnerabilidade nunca antes imaginada numa mulher com distintivo.
Infelizmente, nada disto são argumentos suficientemente fortes para que haja respeito por um artista. Por mais tamanho que tenha mostrado e por mais preenchido que estivesse o palco com as suas canções, houve quem tenha feito disso música ao vivo. Trata-se de um concerto, gente. Para ser ouvido com a atenção de um filme ou com a concentração de uma peça de teatro. Mas não. Smartphones ao alto para actualizar o status de Facebook e conversa sobre as férias. Para não falar de fanfarronices de engates que me impediam de estar com plena atenção à sublime performance de Joan Wasser. Uma puta duma falta de respeito. Não fosse o Lux uma discoteca com 3 pisos e não tivessem pessoas pago 15€ para assistir a uma actuação priveligiada que poucos terão oportunidade de conhecer. Cafés-concerto há muitos, por favor, frequentem-nos e deixem as salas para quem quer verdadeiramente lá estar sem o vosso burburinho desrespeitoso.
Um nojo, uma má educação. Ainda assim, respeito para muitas das pessoas que tiveram o cuidado de por os seus telefones no silêncio.
Choquei com esta irlandesa enquanto perdia uns minutos a olhar para o cartaz deste ano do Optimus Alive. Não conhecia e devo dizer-vos que fiquei bastante surpreendido com a voz desta senhora, que deu os primeiros passos ao lado de Damien Rice. O registo é folk dos pés a cabeça e, para mim, isso é meio caminho andado. Espero que gostem também.
What I'll Do
Knots
Somebody that I used to know (cover)
Q. What do you call a polar bear with ear muffs? A. Anything you want, he can’t hear you!
9h30 da manhã e ainda estou a meio do longo trajecto que faço diariamente de autocarro (ou ônibus) para o meu local de trabalho. É aí que me lembro, ainda meio adormecido, que não estou a ouvir música.
"Mas porque raio não estou eu a ouvir música?!" penso, enquanto ponho os phones nos ouvidos e ligo o meu ipod. Com o dedão da minha mão direita aponto na direcção "Músicas aleatórias" ou, como aqui gostamos de lhe chamar - Shuffle.
O primeiro barulho que sai no sorteio do totomúsica é Sweet Disposition. Não. Não estou com a disposição certa para isto. Vamos lá misturar e voltar a dar num só toque de dedão e eis que surge Fans, o meu barulho de eleição de uma das grandes bandas dos últimos anos.
Os Kings of Leon fizeram três álbuns de ouvir e chorar por mais. Três álbuns que me marcaram pela positiva e, que infelizmente me fizeram não gostar dos outros dois que a banda lançou, não porque são horríveis de morte, mas porque eu sei o que a banda é capaz de fazer.
Youth and Young Manhood (2003), Aha Shake Heartbreak (2004-2005) e Because of the Times (2007 e de onde este barulho é retirado) são, a meu ver, os verdadeiros álbuns de Kings of leon, com barulhos carimbados apenas e só com tinta da banda.
Infelizmente, Only By the Night (2008) e Come Around Sundown (2010) têm carimbos de outra qualidade, com várias tintas misturadas, entre banda, produtoras e agentes musicais.
Vemos este tipo de coisas acontecer várias vezes, naquela que é a fase de mudança de uma banda e que raramente resulta. Agora temos de esperar para ver o que o futuro nos reserva, mas todos esperamos um regresso dos verdadeiros Kings of Leon, aqueles que fizeram barulhos como este, como Knocked Up, Milk, California Waiting ou mesmo Joe´s Head e não aqueles mais para agradar a gregos e tróianos e que foram feitos "a miélas" com outras entidades.
Apanhei esta coisa boa a meio na Vodafone.fm numa das raras vezes que oiço radio no carro. Encarreguei-me de chatear o molduras para me pôr logo ao corrente do nome desta gaja.
Desde então não consigo parar de ouvir pela voz dela e sobretudo pela batida.
Uma alegria.
Fica aqui então um obrigado à Vodafone.fm.
Bom, este novo álbum dos Chromatics promete. Ouçam-no direitinho e com aquela ginga de sexta-feira a tarde. Já é considerado por muitos um dos melhores álbuns de 2012 (8.7 no Pitchfork) e ainda vamos no quarto mês do ano.
Deliciem-se e tenham um bom fim-de-semana, preferencialmente cheio de melos.
william bevan é burial, kieran hebden é four tet. dois bifes londrinos com um bom gosto assustador para construir - que também é criar - música electrónica. burial a incorporar o dubstep, four tet o post-rock, os dois com atenção à suavidade do ambiente que querem transmitir.
este é o mais recente resultado da sua colaboração: nova.
para ouvir numa sexta-feira à tarde com a mão a levar o gin tónico à boca.
marco castro e igor domingues, tripeiros, mandam um rock do caraças. o seu ep, dirty glitter foi ontem lançado pela lovers and lollypops. deixo slow eyes, a única que encontrei neste trabalhinho que me tem dado muito gozo escutar.
dwnld legal e gratuito aqui, é favor fazer o favor (destaque para deaf blues, quarta faixa).
Os primeiros passos de Elizabeth Harper foram desprovidos de qualquer electricidade. Que nem cantautora, de guitarra acústica às costas, sentiu um chamamento que a fez mover de LA para Brooklyn em 2006. Mentira, embora fosse mais bonito, pelo que me disse, não houve mais nada como razão que não o preço das rendas em NY ser mais baixo. Girl Crisis foi a sua primeira experiência colectiva, um projecto que reunia madames como Caroline Polachek - actualmente lead-singer do duo Chairlift e autora de, até agora, uma das canções pop mais eficazes de 2012 - ou mesmo Erika Spring, uma das Au Revoir Simone. Faziam covers de Black Sabbath accapela, ou tributavam Come As You Are de Kurt Cobain em tons corais próximos do gospel. Tudo isto longe, a milhas de distância do que se viria a tornar Class Actress. Elizabeth encontrou o ponto de viragem em Mark Richardson que não descansou enquanto não lhe apresentou um vasto catálogo de synth pop dos 80's e a pôs a par da sua mestria no que tocava a sintetizadores.
Isso e Patrick Wimberly, a restante metade da dupla Chairlift de lá de trás, foram outros dos culpados ao lado dos Deepeche Mode para Elizabeth alcançar o seu clímax musical. Not-hard-wave é o género que assume a senhora Harper quando confrontada com o rótulo chill-wave. Emoções sexuais com romance no mesmo caldeirão foram uma primeira premissa para Journal Of Ardency, o seu primeiro EP, e a segunda foi um terceiro membro: Scott Rosenthal. Estava completo o trio e agora sim, Class Actress em pleno, subordinavam as pistas de dança ao prazer suado de desejo. Com culpa ou não de Gainsburg, no final de 2011 chegou o aguardado e posteriormente aclamado The Rapprocher. E neste primeiro longa-duração, Harper continua a ofuscar os seus companheiros e a voltar atenções para uma paixão que, súbita e provocantemente, nos acerta. Ao primeiro refrão. Weekend, Missed ou Limousine são fórmulas eficazes da pop imunda - no bom sentido - e desejosa de Class Actress. Hoje, sexta-feira, os vidros do Lux vão escorrer atracção e logo a seguir os discos de El Guincho não permitirão, convictamente, uma possível baixa de temperaturas.
Formados em 2004 e anteriormente conhecidos como The Jakes, lançaram o seu álbum de estreia em 2010, que tem o nome da banda e onde figura este barulho, de que gostei bastante. A banda tem vindo a ganhar o seu espaço e já fez uns concertos em L.A. onde os imgressos esgotaram.
Espero que gostem e que vos anime esta semana que já vai a meio.
Não é a primeira vez que vos falo deste álbum. Há uns tempos mostrei aqui o seu cabeça de série: Simple Song. Agora apeteceu-me (sim, porque eu aqui faço o que me apetece) falar do álbum em si.
Cinco foram os anos que os Shins estiveram em repouso para lançar um novo trabalho. Alguns membros da banda ainda se aventuraram por outras caminhos, mas nada digno de relatar.
Feve ter sido por isso mesmo que chegaram à conclusão que a verdadeira fórmula do seu sucesso enquanto músicos seria com este projecto dos Shins, banda que (na minha opinião) atinge em Oh Inverted World e mais concretamente em New Slang o seu expoente máximo.
Ora, este Port of Morrow começou bem com a música simples, um som do cacete e de que se gosta logo à primeira escutadela. Mas a verdade é que o resto do álbum também se desenrola muito bem, o que prova que a banda não perdeu o seu talento, principalmente quando as letras puxam para o nostálgico.
Além do já falado Simple Song, Fall of 82faz com que este álbum continue a marcar pontos, mas na minha opinião, o grande prémio final vai para o barulho que vos apresento em baixo.
Todo o álbum é bom, o que faz com que este regresso, que era bastante aguardado, não desiluda.
Apesar do nome da banda, eu curto este somzinho. Do terceiro álbum destes canadianos, Begone Dull Care de 2010. O novo, It's All True, tá nas ruas desde Junho de 2011. Mas isso, deixo para o O.M.N.I..
É sexta-feira à tarde e por isso vem sempre a calhar um clássico. E que clássico é este. Não deve haver um único leitor deste espaço musical que não conheça esta magnífica mistura entre melodia e letra, que transformam este barulho num dos mais ouvidos de sempre.
A história da música não lhe fica atrás. Simon escreveu-a quando ainda tinha 21 anos, ainda na Faculdade, e andava a ganhar os trocos a trabalhar para uma editora. O seu trabalho era pegar nas músicas dessa editora e ir a todas as gravadoras ver se algum dos seus artistas queria gravar as músicas que ele levava. Em 6 meses nunca conseguiu fazer com que uma única música fosse tocada pelas gravadoras, mas deu-lhes algumas músicas dele, pois sentia-se mal de não conseguir fazer o seu trabalho. Passados esses 6 meses, Simon entrou numa discussão com os donos da editora e acabou por se demitir, dizendo:
"Look, I quit, and I´m not giving you my new song."
E não é que a música em questão era a que vos apresento neste post?!
Ele pensou: "I´ll publish it myself!" e foi a partir daí que ficou dono das próprias canções.
A primeira vez que este barulho foi gravado, foi numa versão acústica do primeiro álbum de Simon&Garfunkel, que vendeu 2000 cópias. Depois do álbum sair, o Simon e o Garfunkel separaram-se, mas o que eles não sabiam era que a gravadora deles tinha um plano: tentar aproveitar o furor do movimento Folk-Rock, acrescentando à música, instrumentos eléctricos. Os artistas não faziam a mínima ideia desta acção da sua gravadora, mas foi exactamente isso que tornou o barulho um sucesso e os fez reunirem-se e voltarem a formar a banda que todos nós conhecemos nos dias de hoje como Simon&Garfunkel.
Sim, ando numa onda de bandas antigas principalmente as que marcaram uma geração, neste caso a era Madchester. A seguir a ter visto Control, e ter ficado um fã ainda maior de Joy Division, decidi rever 24 Hour Party People. Neste filme, para além de ficarmos a conhecer a famosa Factory Records de Tony Wilson, podemos assistir ao nascimento dos tarados dos Happy Mondays. São portadores de um tipo de som cool e castiço. Os seguintes barulhos assim o confirmam!
Sabe que Zach Condon, para mim, tem uma enorme história de vida que merece ser contada (e já o foi, em posts anteriores) e sabe que qualquer álbum destes senhores é digno de partilha.
Hoje mostro-vos Vagabond, barulho que fala de um homem que está perdido.
um número especial, daí a simbologia dos três mosqueteiros, dos três porquinhos, da santíssima trindade e do ménage à trois.
orgulhosos de nos encontramos entre as pessoas mais modestas do mundo, há três anos que nos vamos ajudando a escutar barulho ordenado. assim sendo, é tempo de dizê-lo com toda a propriedade:
VIVA CARALHO!
muitos parabéns a nosotros, que merecemos foda-se. e nosotros são vocês também (aquele pequeno violino).
dest'arte, decidimos fazer um get together no próximo sábado dia 10, das 21h até ao fim da noite, no quiosque dos hot dog lovers na avenida da liberdade, evento para o qual estão desde já convidados a aparecer, afinal a festa é nossa (lá está o violino). quem diz presente?
Este é o primeiro avanço para esta sueca com voz doce, que conta já com oito (!) álbuns na sua discoteca pessoal, sendo que apenas dois deles são cantados em inglês. OneLife foi o barulho que me deu a conhecer esta senhora e é bom para ouvir naquelas alturas entre stresses, para acalmar os cavalos e respirar fundo, regressando depois à paz de espírito a que estamos acostumados, para finalmente lidarmos da melhor maneira com o stress seguinte.
Segue-se o barulho em que ela se inspirou aqui no Nordeste e depois tem a lata de dizer que já não tem saudades minhas:
Um estilo bem diferente do que MFTF está acostumado a ter nos seus corredores. Espero que as restantes bandas não façam com que esta senhora se sinta excluída.